Em assembleia realizada no início da tarde desta quarta-feira (5), os funcionários dos Correios em Maringá rejeitaram a proposta da empresa e deciciram dar continuidade a greve iniciada há mais de 20 dias. A proposta também foi rejeitada por sindicatos de outras cidades do Paraná, como Curitiba, e outros Estados, entre eles os de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul - considerados os mais representativos.
Pela manhã, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Maringá, Osmar Silva, adiantou à reportagem de O Diário que os sindicatos orientariam os funcionários a rejeitarem o acordo assinado na terça-feira (4) entre os representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC) no Tribunal Superior do Trabalho (TST, em Brasília.

Apesar da orientação contrária do sindicato, os cerca de 80 trabalhadores tiveram liberdade para votarem contra ou a favor do acordo, segundo Silva. "O problema é que ninguém está satisfeito com este aumento de R$ 80,00", argumentou o presidento do Sindicato.

Silva ressaltou ainda a insatisfação da categoria referente ao desconto de seis dias em que a categoria paralisou as atividades e a previsão de compensação dos outros 15 dias em finas de semana.

O movimento grevista deve continuar até que o dissídio da categoria seja julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), o que deve ocorrer, na previsão de Silva, na próxima segunda-feira (10).