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Na TV, Ciro repete o que disse ao iG | |
Segunda-feira, 26 de abril de 2010 | |
Foi ao ar nesta madrugada (26 de abril) o programa “É Notícia!”, conduzido pelo jornalista Kennedy Alencar, contendo uma entrevista com o deputado cearense Ciro Gomes. A gravação ocorreu na sexta-feira, 23. No ar, Na ocasião, Ciro repetiu várias das afirmações feitas em entrevista concedida ao iG, na noite de quinta-feira, 22. A entrevista ao programa da RedeTV é a terceira que o deputado dá após a entrevista concedida ao iG. Nas três ele repetiu o que disse ao iG, algumas vezes defendendo as mesmas ideias com palavras diferentes, outras usando as mesmas palavras publicadas no iG. Ao iG, Ciro se mostrou magoado com a decisão do PSB de abandonar sua candidatura para apoiar a petista Dilma Rousseff e ainda críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao PT e ao PMDB. E aproveitou para questionar o preparo da ministra, com a mesma intensidade com que elogiou suas qualidades pessoais e sua honra. Ao programa da RedeTV!, Ciro reafirmou seu desapontamento com a decisão do partido de não apoiá-lo nas eleições de outubro, mas disse que ainda lutará até terça-feira, dia que deve ser protocolada, pelo partido, a desistência da candidatura própria. Aproveitou também para questionar a falta de experiência da ministra para o exercício da presidência, sempre destacando que a admira pela honestidade e qualidades pessoais. “Eu não abandono a candidatura. Não há força humana que me faça desistir. Vou espernear até terça-feira. Mas aceitarei, ficando muito triste, se o meu partido entender que minha candidatura não é oportuna neste momento. Ele se explicará ao país e eu acatarei. Mas o presidente do partido, Eduardo Campos, que se proteja se um militante do partido entender que foi uma tratativa de bastidor que me tirou a possibilidade de me candidatar à presidência”. Ao iG, Ciro também disse que não iria contra o partido, apesar de não concordar com essa posição “Tiraram de mim o direito de ser candidato. Mas quer saber? Relaxei. Eles não querem que eu seja candidato? Querem apoiar a Dilma? Que apoiem a Dilma. Estou como a Tereza Batista cansada de guerra. Acompanho o partido”. Como transferiu seu título de eleitor para São Paulo, o deputado federal pelo Estado do Ceará teria a opção de sair novamente candidato a deputado federal ou deixar a política de lado temporariamente. Na entrevista, ele descartou outra candidatura que não seja à presidência. “Se não sair candidato à Presidência, vou parar um pouco. Escrever e ganhar dinheiro. Para a Câmara dos Deputados eu não volto mais e a minha candidatura para o governo de São Paulo seria completamente artificial. Sou do Ceará.” Assim como na entrevista ao iG, Ciro repetiu que Lula corre risco por não ter mais alguém do seu lado que discorde de suas posições. “Eu não vejo quem diga para o presidente Lula ‹Isso aqui está errado‹". Ao iG, Ciro havia dito que ele, o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos e a candidata Dilma cumpriam este papel de conselheiro. Agora estaria menos assistido. Repetiu isso na RedeTV. A entrevista exibida neste domingo também rendeu críticas para lá de ácidas ao PMDB. Para Ciro, Lula está se apoiando nos mesmos políticos que criticou no passado. “O Lula está com a mesma turma do Fernando Henrique. É um mal para o País. Sou capaz de governar sem essa turma. Hoje quem manda no PMDB não tem o menor escrúpulo, nem ético, nem republicano. É um ajuntamento de assaltantes”. Num dos trechos mais duros, o deputado questionou a integridade dos números de todos os institutos de pesquisa. No caso do Ibope, Ciro fez um ataque gravíssimo à honra do presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, a quem acusou ser capaz de "vender a mãe". Mesmo reroduzindo o que disse ao iG, o deputado Ciro Gomes preferiu declarar na TV que não havia concedido uma entrevista ao portal. As declarações de Ciro publicadas no iG foram extraídas de uma conversa formal, mantida na noite de quinta-feira, 22 de abril, em telefonema feito pela reportagem às 23h35 ao número celular de Brasília de final 2727, de Ciro Gomes. O jornalista fez as perguntas que julgou adequadas e o deputado Ciro Gomes respondeu o que quis. Como reza o bom jornalismo, tudo o que Ciro Gomes declarou foi publicado. Por declaração, entenda-se o conjunto de trechos para os quais ele não pediu reserva. Em alguns momentos da entrevista, o deputado pediu reserva (off the record, no jargão jornalístico). Tais afirmações não são consideradas declarações, e por este motivo não foram e nem jamais serão publicadas. O jornalista Ricardo Noblat, de O Globo, resumiu o desmentido de Ciro ao SBT numa frase bastante divertida publicada em seu twitter: “Se Ciro não deu a entrevista, então o repórter do iG é um gênio. Leu os pensamentos do Ciro" -- os mesmos pensamentos repetidos três vezes seguidas em três entrevistas seguidas.
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Fonte: IG |
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