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ÚLTIMAS NOTÍCIAS / Presidente critica o TCU, de novo
Ao inaugurar obra da Petrobras em Araucária com suspeitas de superfaturamento, Lula voltou a reclamar do órgão que fiscaliza os gastos federais
Segunda-feira, 15 de março de 2010
 
 

Criticado por inaugurar obras com suspeitas de superfaturamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a reclamar ontem, durante a visita ao Paraná, da máquina fiscalizadora do Estado por não permitir, em algumas situações, que as obras prossigam quando há indícios de irregularidades. Foi mais uma crítica do presidente ao Tribunal de Contas da União (TCU), que vem apontando irregularidades em obras federais. Desde o ano passado, o TCU entrou em rota de colisão com Lula.

“Sou favorável a toda e qualquer fiscalização que façam, até 24 horas, via satélite”, disse Lula. “Acontece que as coisas são complicadas. Muitas vezes as pessoas levantam suspeitas de uma obra, paralisa a obra e só depois da obra [ser] paralisada chega à conclusão que está correta. Quem paga o prejuízo da obra paralisada? Não aparece. O povo brasileiro paga porque não tem obra

O presidente ainda disse que é preciso encontrar “novos mecanismos” de fiscalização. Em seguida, criticou justamente aquilo que seria motivo de elogios: a eficiência das ações de controle dos gastos públicos. “Temos uma máquina de execução frágil e mal-remunerada e temos uma máquina de fiscalização altamente modernizada. Há um descompasso e é preciso um ajuste para as obras poderem andar.”

As declarações de Lula foram dadas durante a inauguração da unidade de propeno da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), que está em funcionamento há quase cinco meses, em Araucária, na região metropolitana de Curitiba. Cinco das seis obras de ampliação da Repar inauguradas ontem por Lula foram consideradas irregulares pelo TCU. No total, o órgão fiscalizou 52 contratos envolvendo a ampliação da refinaria e encontrou indícios de superfaturamento em 19 deles.

Esses contratos estiveram ameaçados de paralisação porque foram incluídos, na Lei Orça­­men­­­tária de 2010, na lista de obras com indícios de irregularidades graves, o que proibiria o governo federal de continuar liberando dinheiro para as obras. Porém, o presidente vetou a inclusão delas na lista e, assim, o dinheiro poderá ser liberado.

Ontem, Lula afirmou não ter dúvidas que foi melhor manter as obras em andamento. “Quando eu desci do ônibus e vi toda essa ‘peãozada’, eu senti orgulho. Não tem nada mais importante na vida que um homem ou mulher conseguir o pão com o trabalho.” Segundo o presidente, a paralisação das obras da Petrobras implicaria na demissão de 27 mil trabalhadores em todo o país, 11 mil deles na Repar.

Para os críticos do governo, porém, a insistência de Lula em impedir a paralisação de obras tem a ver com o calendário eleitoral. Com obras paradas, o governo não teria tantos empreendimentos a apresentar durante a campanha. Também dificultaria a estratégia de tornar a ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, mais conhecida da população. A ministra tem participado de uma maratona de inaugurações ao lado de Lula. E ontem não foi diferente: Dilma esteve junto do presidente na Repar.

Petroquímica

A fábrica de propeno visitada on­­­tem por Lula e Dilma é a primeira de 19 novas unidades que serão cons­­­truídas até 2012 na refinaria de Araucária. Lula também vistoriou a conclusão de duas novas subestações de energia elétrica da refinaria, a nova caldeira e o centro integrado de controle da Repar. Ele destacou que essas obras são im­­­por­­­tantes para diminuir a quan­­­tidade de enxofre nos produtos re­­­­­­­finados a partir do petróleo bruto, principalmente da gasolina e do diesel. “Se a Petrobras quer vender gasolina lá fora, tem de reduzir a quantidade de enxofre.”

Dilma Rousseff também ressaltou a importância dos investimentos na Repar para garantir a competitividade dos produtos refinados da Petrobras no exterior. “Ela [a obra] vai permitir que não exportemos apenas o óleo bruto. Vai permitir vender o óleo com valor agregado.”

Os investimentos na Repar são os maiores do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Paraná. Desde 2006, já foram gastos R$ 3,54 bilhões e até 2012 a refinaria receberá outros R$ 6 bilhões. As melhorias implementadas tornam a Repar o maior canteiro de obras do Paraná, com cerca de 15 mil operários.

 

 

Fonte: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

 
 
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