Diariamente a população do município de Mandaguaçu produz em média 17 toneladas de lixo. Por mês são quase 500 toneladas. Com cerca de 20 mil habitantes, a cidade ainda não possui cooperativas de reciclagem. O trabalho é realizado por 10 catadores autônomos que trabalham em toda extensão do município. Todos os resíduos são encaminhados para o aterro sanitário da cidade, que tem a licença de funcionamento liberada a cada ano e uma vida útil de mais seis anos.

O responsável pelo Departamento de Meio Ambiente, Cidinho Saes, conta que mesmo com o trabalho dos catadores autônomos, a quantidade de lixo reciclável é maior que a capacidade de coleta, e por isso o município vem buscando alternativas. “Até o final de julho, um caminhão de coleta seletiva estará circulando na cidade. Nós estamos em processo de licitação e esperamos que as empresas se disponibilizem o mais rápido possível para que o nosso trabalho se inicie”, explicou.

Além da compra do caminhão, Saes conta que existe um trabalho realizado nas escolas do município, em que as crianças são incentivadas a orientar os pais para que separem os lixos. “Nós levamos palestrantes até as escolas municipais, que falam da importância de colocar o lixo de forma separada nas lixeiras ecológicas. Depois disso, as crianças visitam o aterro sanitário e podem entender melhor para onde vai o lixo que sai da própria casa.”           

Conscientização

Outro projeto realizado como forma de conscientização das crianças, foi a III edição da Feira do Saber que trouxe como tema este ano, a “Criança Ecológica”. A feira foi realizada na última sexta feira, 29, na Escola Santo Carraro, onde as crianças realizaram exposições de trabalhos realizados em sala. “É uma forma de fazer com que os alunos aprendam “colocando a mão na massa”. Foi uma iniciativa da escola, e que está trazendo bons resultados”, diz a diretora do colégio Tania Marassi.

Tania ainda afirma que esse tipo de projeto faz com que as crianças sejam mais conscientes. “Nosso objetivo é trabalhar desde cedo os problemas da nossa sociedade. A produção excessiva de lixo é um deles”, alerta. “Mas aqui, trabalhamos também a capacidade de transformar parte daquilo que é recolhido todos os dias. Nós queremos mostrar as crianças que existem alternativas, e que estas, podem começar dentro da própria casa, com a separação dos recicláveis”, completa.