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ÚLTIMAS NOTÍCIAS / Inflação do verão “esfria”, mesmo com calor recorde
Em média, produtos ligados à temporada tiveram um reajuste de 3%, abaixo dos índices mais abrangentes. Mas a cerveja do barzinho ficou quase 10% mais cara em um ano
Sábado, 13 de março de 2010
 
 

Apesar de o início deste ano ter marcado sucessivos recordes de temperatura, o comportamento de preços nos produtos e serviços típicos de calor arrefeceram. Ao invés de disparar no período de verão, os valores médios da temporada, permaneceram abaixo da inflação oficial. Levanta­mento da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra desaceleração na pressão típica dos “produtos de calor” no auge do verão, um fenômeno que foi constatado com força na virada de 2008 para 2009. Contribuíram para isso a desoneração tributária de alguns segmentos econômicos e a queda do dólar verificada desde o fim do ano passado. Mas nem todos os itens seguiram a mesma trajetória: as bebidas são um exemplo de produto que tiveram forte alta nos preços nesses meses de calor.
De acordo com a pesquisa, a cesta de produtos de verão retirada do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) chegou a 3% em fevereiro. O IGP-10, mais amplo, é calculado em 4,4%. Há um ano, a inflação do verão batia nos 7%. Todos os porcentuais referem-se à variação anual dos preços.
Segundo a avaliação do economista da FGV André Braz, responsável pelos cálculos, é possível perceber a desaceleração da inflação no conjunto dos produtos de forma geral. “Mas é claro que cada tipo de item da cesta tem preços influenciados por fatores específicos: refrigeradores foram beneficiados com descontos no IPI da linha branca, por exemplo. Apesar de algumas lojas ainda estarem com estoque ainda antigo, é natural afirmar que se trata de um segmento com tendência de alta”, diz.
Os números do mês passado mostram que os três produtos da cesta de verão que tiveram maior retração foram passagem aérea (-31,2%) – beneficiada pelo câmbio e pela cotação mais baixa do petróleo –, iogurte com polpa de fruta diet/light (-5,1%), e o segmento de refrigerador e freezer (-4,7%), diretamente influenciado pelo IPI reduzido.
Na outra ponta, os itens que mais apresentaram aumento foram roupa infantil para prática esportiva (10,8%), chope e cerveja consumidos em estabelecimentos comerciais (9,5%) e cafezinho (8%). “É normal o preço da cerveja aumentar em dezembro e cair em fevereiro, especialmente nas cidades turísticas, por causa da demanda”, afirma. Tanto que a cerveja, especificamente, está no topo dos itens de verão que mais sofreram aumento: o produto consumido em bares e restaurantes superou em três vezes a inflação de verão.
Para os produtos que tiveram reajuste nos preços acima dos indicadores gerais, o professor do departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Vamberto Santana lembra do recente aumento dos custos de transporte e de combustível. “O índice geral de 0,75% em janeiro foi puxado principalmente por estes dois fatores, e o deslocamento de mercadorias, especialmente bebidas consumidas em bares e restaurantes, têm um custo elevado de transporte”, diz.
Custos
Além do transporte, o preço das refeições e bebidas servidas nos bares e restaurantes também é influenciado por fatores como salário de funcionários, custo de infraestrutura (aluguel e energia, por exemplo) e impostos. No caso da cerveja, independentemente de onde ela for comercializada, 54,80% do seu preço é formado pelos tributos. Ou seja, ao abrir uma latinha, mais da metade do valor pago é direcionado do governo.

 

Fonte: André Lückman

 
 
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