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Paraná terá novo centro especializado para tratamento da hanseníase
Terça-feira, 27 de maio de 2014
 
 

O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, anunciou a reforma de um espaço desativado do Hospital São Roque, em Piraquara, para abrigar o novo centro especializado de tratamento da hanseníase. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (23), durante evento do dia estadual de conscientização sobre a doença, realizado em Curitiba. 

As obras devem ser iniciadas ainda este ano e terão o investimento estadual de quase R$ 500 mil. Serão reformadas ou adequadas quatro casas para a instalação de consultórios e ambulatórios de fisioterapia e outras especialidades. 

Segundo o secretário, isso demonstra uma mudança de conceito em relação ao controle da doença no Estado. “Em três anos, já conseguimos avançar em diversas áreas. Isso ocorreu porque tiramos a hanseníase do rol de doenças negligenciadas e a colocamos como uma de nossas prioridades”, afirma Caputo Neto. 

REALOCAR SERVIÇOS - Com o novo espaço, será possível realocar os serviços que hoje são ofertados no centro especializado Germano Traple, mantido pela prefeitura de Piraquara. A unidade, inaugurada em 2006, dispõe de médicos, dermatologistas, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais capacitados para atender pacientes com hanseníase. 

A secretária de Saúde de Piraquara, Maristela Zanella, explica que o apoio do Governo do Estado será importante para garantir mais conforto aos pacientes e dar melhores condições de trabalho aos profissionais. 

“Apesar do empenho da nossa equipe multiprofissional, ainda nos falta estrutura para oferecer um atendimento de qualidade aos nossos pacientes”, disse. 

Piraquara tem a particularidade de ter sido sede do antigo leprosário estadual. A cidade ainda concentra grande parte dos pacientes egressos e por isso necessita de uma atenção especial em relação à hanseníase. Além de Piraquara, o serviço é referência para o atendimento de pacientes de todas as regiões do Estado. 

CONQUISTA - Francisca Barros da Silva (Dide) foi uma das pacientes do leprosário e hoje é atendida no centro especializado. Para ela, o novo espaço é uma reivindicação antiga de todas as pessoas que frequentam o serviço. “Aguardávamos há anos por essa conquista e por isso hoje é um dia para ser comemorado”, ressaltou. 



INFORMAÇÃO - A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que se manifesta principalmente na pele, com manchas esbranquiçadas e avermelhadas, dormência, caroços pelo corpo e bolhas nas mãos e braços. A doença também compromete os nervos periféricos, podendo causar deformidades nas mãos e pés. 

Uma vez iniciado o tratamento, o paciente não transmite mais a hanseníase. O tratamento, que tem duração de seis meses a um ano, é à base de medicamentos e está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde. 

No Paraná, mil casos novos de hanseníase são diagnosticados anualmente. O dado revela que, apesar de pouco conhecida, a doença ainda atinge muitos paranaenses e exige atenção especial da população e dos profissionais de saúde. 

PRECONCEITO - O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, afirma que o preconceito e a falta de informação ainda são os principais desafios para o controle da doença. “Estamos trabalhando para divulgar os sintomas e capacitar os profissionais de saúde para que identifiquem precocemente casos suspeitos. Desta forma, podemos evitar que a doença se agrave e deixe sequelas”, destacou. 

CIRURGIAS - Em 2012, o Estado do Paraná retomou a realização de cirurgias reabilitativas da hanseníase. O procedimento é importante para melhorar a qualidade de vida daquelas pessoas que estão curadas da doença, mas tiveram deformações e outros problemas motores por conta da hanseníase. 

Neste período, 115 cirurgias já foram realizadas no Centro Hospitalar de Reabilitação (Curitiba) e na Santa Casa de Cambé. Um dos pacientes beneficiados foi Aparecido Cabral, coordenador estadual do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). 

“Fui submetido a três cirurgias que fizeram com que minhas dores diminuíssem bastante. Infelizmente, por causa do diagnóstico tardio, perdi parte da minha capacidade de locomoção”, contou. 

Fonte: Agência Estadual de Notícias

 
 
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